Vacina da gripe A divide médicos e enfermeiros
Dúvidas quanto à segurança e efeitos secundários deixam muitos profissionais renitentes à vacinação
Vacina da gripe A divide médicos e enfermeiros
Os profissionais de saúde estão incluídos no primeiro , para a vacinação contra o vírus da gripe A (H1N1), mas há muitos médicos e enfermeiros renitentes em ser vacinados. O Ministério da Saúde desvaloriza as dúvidas.

O bastonário da Ordem dos Médicos também entende que cada médico deve tomar a sua própria decisão
Numa ronda por vários sindicatos dos médicos e enfermeiros portugueses, o JN constatou que há opiniões diversas em relação à vacinação e que, a avaliar pelos depoimentos recolhidos, há muitos profissionais que não estão decididos a vacinar-se por terem dúvidas em relação à segurança e aos efeitos secundários da vacina.
Pilar Vicente, médica nos hospitais civis de Lisboa e dirigente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, garante que “a maior parte” dos médicos não quer ser vacinada e que até têm sido “desaconselhados por grande parte dos colegas que trabalham na área do medicamento”.
A “desconfiança” dos médicos assenta no facto de a vacina ter sido concebida “à pressa” e na convicção de que “não foram corridos todos os passos e realizados todos os testes que são habituais na experimentação e na confirmação da sua segurança”.
A médica diz, inclusive, que já foram publicados em revistas médicas inglesas (cita o New England Journal of Medicine) artigos que dão conta de efeitos adversos relacionados com perturbações neurológicas e alterações do sistema nervoso periférico e central para justificar as “fortes desconfianças” da comunidade médica em relação à vacina.
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