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Diploma vetado era «favor» de Sócrates à Associação Nacional de Farmácias (ANF), acusa AFP

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Saúde | Medicamentos genéricos

Diploma vetado era «favor» de Sócrates à Associação Nacional de Farmácias (ANF), acusa AFP

A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) disse esta quarta-feira que o diploma que previa a obrigatoriedade da prescrição de medicamentos por substância activa era um «favor» do primeiro-ministro à Associação Nacional de Farmácias (ANF), detentora de uma «empresa de genéricos».

Na terça-feira, o Presidente da República vetou diploma que previa a prescrição por denominação comum internacional (DCI), ou substância activa, devolvendo-o ao Governo.

Em declarações à agência Lusa, fonte da Associação de Farmácias de Portugal (AFP) afirmou que este veto «vem apenas impedir a concretização do favor que o primeiro-ministro estava a fazer ao doutor João Cordeiro da ANF».

«Isto interessava essencialmente ao doutor João Cordeiro e à ANF por causa da empresa de genéricos que está na orla da ANF», acusou a direcção da AFP.

The President of Portugal, Aníbal Cavaco Silva.

Presidente da República vetou diploma que permitiria substituição de medicamentos receitados Image via Wikipedia

Na opinião da AFP, o diploma que agora Cavaco Silva vetou ia contribuir para que o mercado passasse a «ser dominado por uma ou duas empresas», criando «aqui situações de falsa concorrência».

A AFP alertou que essa situação teria implicação ao nível dos preços dos medicamentos.

«Hoje em dia há uma concorrência muito forte entre os laboratórios genéricos ao nível dos preços e o que isto iria fazer é que um laboratório que dominasse a distribuição, neste caso o laboratório de genéricos da ANF, tivesse essa primazia», disse a fonte da AFP, justificando que essa primazia advém do número de associados que a ANF tem.

A Lusa tentou o contacto com o presidente da ANF, mas não conseguiu chegar à fala com João Cordeiro.

No entanto, fonte da ANF disse que a «ANF desmente categoricamente as afirmações de que o diploma se tratava de um «favor» do primeiro-ministro à ANF ou ao doutor João Cordeiro».
Diário Digital / Lusa

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